A nossa Autonomia

O dia 2 de março de 1895 é uma data simbólica que marca o início dos ganhos autonómicos ao longo destes 125 anos. Com uma Autonomia tímida (poderes administrativos) para uma Autonomia mais robusta (poderes político, administrativo, legislativo, financeiro e patrimonial) a partir do Portugal Democrático.

As exigências diferentes para tempos diferentes

Hoje vivem-se exigências bem diferentes de 1895 ou de 1974 e que, se na altura, foram vencidas com Homens de pensamento e ação, nos tempos de hoje existem igualmente Homens que pensam o futuro da Autonomia dos Açores, perante outras exigências. Não uma Autonomia de palavras, mas uma Autonomia de resultados, como bem referiu o Presidente Vasco Cordeiro. À Região Autónoma dos Açores deve-se exigir, pelos seus representantes e não só, a afirmação e impermeabilidade dos poderes autonómicos, desde logo no poder das decisões próprias que têm implicações para o Povo e para o território Açorianos. A ausência desta aceitação e conquista Autonómica, no quadro institucional português ou internacional, exige uma revisitação à história dos Açores e do Portugal Democrático, à Constituição da República Portuguesa, ao Estatuto Político-Administrativo dos Açores e aos Direitos Internacionais, a que se junta o elementar respeito institucional e pelos Açorianos que lutaram com a sua vida para uns Açores livres.

Uma Autonomia de resultados na vida de cada Açoriano

Todo aquele ou aquela instituição que não considerar o poder da Autonomia dos Açores e que, por conseguinte, condicionar os resultados dessa mesma Autonomia, não pode ter espaço neste xadrez político e institucional.

A Autonomia de resultados, na economia, na saúde, na educação, no emprego, nas acessibilidades,(…), é uma construção diária e que se deve refletir na vida de cada Açoriano. E como Açorianos inconformados que somos, devemo-nos exigir sempre mais e melhores resultados. Perante os resultados e a permanente inconformidade cumpre-se a Autonomia dos Açorianos.

Sónia Nicolau